domingo, 12 de agosto de 2012

Agora as universidades federais vão ter metade das vagas para negros e estudantes de escolas públicas


Por Emanuel Neri
Acaba de ser aprovado projeto, pelo Senado, que facilita significativamente o acesso de estudantes pobres às universidades federais do Brasil. Trata-se da lei que regulamenta sistema de cotas raciais e sociais nas universidades.
De acordo com o projeto, que deverá ser sancionado brevemente pela presidenta Dilma Rousseff, metade das vagas das universidades federais deve ser reservada, a partir do próximo ano, para estudantes de cotas raciais e sociais.
Da metade das vagas de cada universidade, 25% ficam para estudantes negros, pardos ou indígenas, de acordo com a proporção dessas populações em cada Estado. Os outros 25% são para estudantes que tenham feito todo o segundo grau em escolas públicas.
Além de ter estudado em escolas públicas, os alunos que entram por meio desta cota também têm que comprovar que sua família tem renda per capita de até um salário e meio. Ou seja, estes estudantes têm que ter origem pobre.
Com este projeto, o Brasil dá um grande passo para abrir as portas das universidades para estudantes que, por serem pobres, não tiveram condição de estudar em escolas particulares, que preparam melhor o aluno para os vestibulares.
No caso do Rio Grande do Norte, deve ser maior ainda a participação de estudantes de escolas públicas nas universidades federais. É que a população do Estado tem poucos negros, pardos e indígenas. O critério desta divisão é o censo do IBGE.
Com isso, será maior a participação de estudantes pobres de escolas públicas na divisão de cotas das universidades. Dos 50% das cotas, grande parte ficará para estes estudantes, já que é pequena a população negra e indígena do Estado.
Nos últimos anos, o Brasil tem se empenhado para ampliar o número de estudantes negros e pobres nas universidades. O sistema de cotas foi criado em universidades federais durante o governo Lula. Este tipo de iniciativa é chamada de ação afirmativa ou também de política compensatória, por reparar injustiças históricas a setores da sociedade.
Inicialmente as universidades optaram por priorizar em suas cotas estudantes negros e, depois, ampliaram para alunos de escola pública. Mas agora, tão logo a nova lei entre em vigor, as cotas ficam iguais para as minorias raciais (negros, pardos e indígenas ) e sociais  (alunos pobres de escolas públicas).
Pesquisas feitas em universidades brasileira que já adotaram cotas raciais e sociais revelam que estudantes negros e pobres chegam a ter, na maioria das vezes, melhor desempenho do que estudantes ricos e de classe média, que vêm de escolas particulares.
Na votação do projeto, apoiado por amplos setores da sociedade e por quase todos os partidos, apenas o PSDB se manifestou contrário. O projeto foi aprovado pelo voto de liderança – mas o líder do PSDB, Aloisio Nunes (SP), votou contra.
Os defensores deste projeto entendem que este critério de divisão – 25% das vagas reservadas para negros, pardos e indígenas, e outros 25% para estudantes de escolas públicas – é mais justo e uniformiza melhor o sistema de cotas de universidades.
Veja, abaixo, links com mais informações sobre este novo sistema de cotas nas universidades.

4 comentários:

  1. eu so negro e tenho ódio dessa cota negro não precisa de cota porque negro não é diferente

    o porque dessa cota isso é o maior gesto de preconceito do brasil

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  2. Que ato rídiculo!
    Por que sempre comparam negros com pobres?
    Existem muitos negros ricos que não precisam de cotas. Então quer dizer que, mesmo um negro sendo rico, ele pode ocupar a vaga de qualquer pessoa pobre só por ele ser negro?
    Não me venham com estupidez!
    O Brasil é um país lindo, com uma miscigenação linda, tornando-os todos Brasileiros.
    É lógico que, a cota para estudantes pobres, que cursaram ensino em escolas públicas está mais do que certo (por serem pobres e não terem condições de agar uma faculdade e não por serem negros!). Porém, nas universidades públicas, a maioria dos estudantes são "riquinhos".

    O Brasil é tão rídiculo que nem assume sua população.
    Não existem negros, pardos, indígenas nem nada; existem BRASILEIROS e estes podem ser pobres, ricos, classe média etc.!


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  3. Totalmente de acordo com os posicionamentos anteriores. Estamos nivelando o estudo por baixo. Deveriamos melhorar o ensino médio

    Carlos

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  4. Parabens pela clareza das propostas desse menino que sabe muito bem qual o papel do vereador. Nao vamos esquecer outros bons canditatos a esse cargo, que colocam o seu nome para apreciacao da populacao, a exemplo de Nenem de Lala, comadre, mulher destemida e que contribui muito para o desenvolvimento de Gostoso. Bebe de Matos que se destaca em defesa da educacao. Deve existir tb outros bons nomes, cabe a populacao colocar na camara municipal pessoas verdadeiramentes comprometidas com o social, o economico, o ambiental, etc.

    Gilson

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