Por Emanuel
Neri
Esta historia é bem
interessante. O estudante Ciel Vieira, de 17 anos, da cidade mineira de Miraí,
recusou-se a rezar o Pai Nosso, antes do início da aula, como ordenava uma de
suas professoras, e passou a ser humilhado por colegas de classe.
No início, o estudante
se mantinha em silêncio, enquanto sua professora de Geografia rezava com os
demais alunos. Nas aulas seguintes, o jovem falou para a professora que ela estava
desrespeitando a Constituição, que determina que o Estado brasileiro é laico.
“Jovem que não tem
Deus no coração nunca vai ter nada na vida”, respondeu a professora. Segundo
ela, ninguém a impediria de rezar na aula, o que já fazia há 25 anos. E
informou que nem se o jovem trouxesse à sala de aula um juiz ela ia deixar de rezar com os alunos.
Em outra aula, o jovem
chegou atrasado à aula e os alunos já estavam rezando o Pai Nosso. Ciel se
surpreendeu ao ouviu que seus colegas, provavelmente estimulados pela professora,
tinham substituído o “livrai-nos do mal” da oração por um “livrai-nos do Ciel”.
Ciel, que é ateu,
não teve dúvidas. Gravou um vídeo sobre a "oração" feita pelos colegas e pôs no
Youtube. O vídeo teve enorme repercussão e foi objeto de reportagens na mídia.
Humilhado pelos colegas, o estudante considerou ter sido vítima de “bulliyng”.
“Bulliyng” é um termo
utilizado para definir violências físicas ou psicológicas de um grupo contra um
indivíduo. É muito comum a ocorrência de “bulliyng” em escolas. Este tipo de
prática é condenável pelo constrangimento que causa às vítimas.
Só que a atitude de
Ciel fez com que a professora fosse obrigada, pela Secretaria de Educação de
Minas, a não mais obrigar seus alunos a rezarem o Pai Nosso. De fato, a
Constituição brasileira determina que o Estado não deve propagar nenhuma
religião.
O Estado laico –
também chamado de laicismo ou secular – é aquele em que há separação entre
Estado e Igreja. Isso significa que qualquer país ou nação laica tem que manter
posição de neutralidade e independência em relação às religiões. O Brasil é um Estado laico.
A atitude do jovem Ciel
é interessante porque chamou a atenção de outras escolas que têm símbolos
religiosos em salas de aula e obrigam, como no caso desta professora mineira de Miraí, que
os alunos rezem nas aulas. Isso é contra o Estado laico.
O Estado laico
pressupõe liberdade religiosa, mas não obriga ninguém a seguir qualquer tipo de
religião. Muitas vezes alguns religiosos tentam impor sua religião a outras
pessoas – isso é muito comum entre católicos, evangélicos e muçulmanos.
Depois que a
professora foi proibida a obrigá-lo a rezar o Pai Nosso, o jovem Ciel fez um
segundo vídeo. Desta vez, para agradecer o apoio recebido da Ateia
(Associação Brasileira de Ateus e
Agnósticos), além da solidariedade manifestada por familiares.
A mãe de Ciel ficou
orgulhosa da sua atitude ao resistir a praticar uma religião que não é a dele –
na verdade, este jovem não tem religião alguma. “Até chorei quando vi o primeiro
vídeo dele. Meu filho sempre foi um aluno ético”, disse a mãe de Ciel.
A seguir, relato sobre
a história de Ciel – entre os quais reportagem da Revita Forum, de Renato Rovai, com os
vídeos divulgados pelo jovem. Veja também informações sobre “bulling” e entenda
como deve funcionar um Estado laico, como o Brasil.
Emanuel porque vc nao publica o siti do novo concurso que vai ter em gostoso, ou vc so vai colocar quando faltar um dia,divulgue pois todos tem direito de concorrer, ou vc acha que nao.
ResponderExcluirEstou esperando.
Kkkkkkkkk Essa foi boa! Como se fosse possível esconder um “Mega concurso” como o de Gostoso, da própria população! Quem ler o comentário acima e não tem conhecimento, corre um sério risco de entender que os salários são um espetáculo!
ExcluirPois é Emanuel o Brasil é um país com culturas e religiões diversas, porém o que esta faltando é um pouco mais de educação e respeito entre as pessoas. Cada um segue e faz o que lhe convem não sendo necessario viver sob imposições.
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