quarta-feira, 9 de abril de 2014

Dilma demonstra fragilidade, mas Lula tem prestígio para eleger o candiato que ele apoiar para presidente



Por Emanuel Neri
Ele é o cara. Luís Inácio Lula da Silva, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, é ainda o político de maior prestígio no país. Pesquisa recente do Datafolha indica que 37% dos brasileiros votam em candidato/a apoiado por ele – outros 23% poderiam votar em quem ele apoia.
Ou seja, se estes números não mudarem, só Lula (na foto com Dilma) pode arrastar até 50% do eleitorado brasileiro para o candidato que ele apoiar para a Presidência da República. Só para se ter uma ideia do peso político de Lula - Fernando Henrique, que governou antes dele, influencia o voto de apenas 12% do eleitorado.
Este resultado mostra o enorme prestígio de Lula, mesmo estando afastado do poder há quatro anos. Embora não seja candidato, Lula é, disparado, o nome preferido do eleitorado brasileiro, também segundo o Datafolha, para disputar a eleição presidencial deste ano, com 52% de intenções de voto.
Este enorme potencial de influência de Lula fez com que ganhasse força no Brasil o “Volta, Lula” – movimento de políticos e admiradores que querem sua volta já na eleição deste ano. E este apelo volta exatamente na hora em que a presidenta Dilma Rousseff dá sinais de fragilidade na pontapé inicial da campanha eleitoral.
A mesma pesquisa do Datafolha que aferiu a alta popularidade de Lula, também constatou uma perda de seis pontos – de 44% para 38% - na intenção de voto de Dilma. Mas a presidenta continua com chance de ganhar no primeiro turno, com 12 pontos à frente da soma de todos os votos de seus adversários.
Dilma caiu na pesquisa por vários motivos. Há um pessimismo generalizado na população em relação ao rumo da economia. Embora os indicadores economicos do país não sejam tao ruins – o desemprego, por exemplo, é um dos mais baixos na história do país – a mídia pinta um quadro muito negativo.
E há também a crise da Petrobrás.
O resultado disso é que Dilma caiu e, apesar da fragilidade de seus adversários – Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) permaneceram estáveis na pesquisa – há preocupação com a fragilidade da presidenta na eleição. Lula já disse que não é candiato. Mas é como se o PT tivesse um Pelé no banco de reservas.
O fato é que Lula fez um governo muito bem avaliado pela população. No final de sua administração, o então presidente tinha mais de 80% de aprovação como “ótimo e bom”. E é claro que este patrimônio vai pesar em qualquer eleição – seja como candidato ou apoiando alguém, como é o caso agora da Dilma.
Apesar do enorme preconceito e até do ódio que setores da mídia e das classes média e alta do país têm contra Lula, ele terá sempre um peso enorme em qualquer  eleição no Brasil. Em 2010, elegeu Dilma. Em 2012, elegeu o desconhecido Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo.
Por isso, se diz que Lula, quando quer, elege até “postes”.
Mesmo fora do poder, Lula continua tendo um gigantesco prestígio político. E é claro que isso se deve ao governo que fez. Em sua gestão, ele conseguiu o que muita gente considerava impossível – fez o país crescer com distribuição de renda. Mais de 30 milhões de pessoas passaram para a classe média.
E outro número de brasileiros semelhante a este abandnou a miséria absoluta em  que vivia e passou a integrar as classes D e C. E isso só ocorreu graças aos programas sociais de distribuição de renda, como o Bolsa Família. O governo de Lula virou referência tanto no Brasil como no exterior.
E foi por isso que, durante reunião em 2009 de chefes de Estado das 20 maiores economias do planeta, o presidente americano Barack Obama puxou Lula pelo braço, numa roda com outros governantes, e afirmou:”Ele é o cara”. Em seguida, disse que Lula era o presidente “mais popular do mundo”.
Abaixo, links sobre as últimas pesquisas eleitorais que constatam o alto prestígio de Lula e a declaração, inclusive com vídeo, do presidente Barack Obama dizendo “ele é o cara”, referindo-se a Lula – e afirmando que ele era então o presidente “mais popular do mundo”.

Um comentário:

  1. Aonde nunca existiu isso mais de 30 milhões passaram para classe média, e a miséria a cada dia só se alastra em nosso país, vejam só saíram da miséria e integraram as classes DC, meus deus ainda entraram nessa classes?, só no Brasil mesmo que muitos vivem na miséria dessas classes e ainda existe políticos e defensores deles que acham que estão fazendo muito pela classe mais carente de nosso país, chega de tantas propagandas enganosas senhores políticos, afinal temos tantas coisas boas vejam só juros e impostos muitos altos, péssima saúde, melhor Educação no Ensino Público, salário mínimo de R$ 724,00 e o mínimo mesmo, falta de segurança em nossas cidades e o dinheiro público sendo mal distribuído pelos nossos governantes como se fossem de suas propriedades cito, Estados e Municípios de nosso país.

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