Por Emanuel
Neri
Com os
debates eleitorais na TV atingindo
a temperatura máxima (foto), como nesta quinta feira no SBT, o noBalacobaco considera importante reproduzir texto do jornalista
Paulo Nogueira, do portal de notícias Diário
do Centro do Mundo (http://www.diariodocentrodomundo.com.br/).
Este é um momento importantíssimo da
história política do Brasil. Está em jogo saber quem vai governar o Brasil a
partir de 2015 – se a atual presidenta, Dilma Rousseff (PT), ou seu opositor,
Aécio Neves (PSDB).
Por isso é importante os leitores do noBalacobaco tomarem conhecimento da
opinião de um importante jornalista sobre este momento , bem como sentir a
temperatura da campanha eleitoral e dos debates na TV.
A seguir, o relato de Paulo
Nogueira:
“Primeiro que tudo, acho
importante que haja agressividade em debates presidenciais, e que questões
pessoais sejam trazidas à discussão.
É o interesse público que está em jogo. A sociedade tem que conhecer
melhor cada candidato.
O pior cenário, para os cidadãos, seria uma conversa de lordes ingleses,
com elogios mútuos e protocolares em meio a goles de chá.
Por isso dou nota elevada ao debate de hoje no SBT. Onde alguns viram
baixaria enxerguei a tensão, a eletricidade, a adrenalina dignas de uma disputa
presidencial.
A grande diferença entre Dilma e Aécio esteve no conteúdo da
agressividade.
Aécio fez o que sempre faz. Pediu generosidade quando jamais é generoso.
Pediu respostas quando ele invariavelmente tergiversa. Pediu sinceridade quando
é cínico em regime de tempo de integral. Pediu humildade quando é arrogante a
ponto de falar em nome dos brasileiros.
Num momento de descaro abissal, comparou o caso do irmão de Dilma ao
time de parentes aos quais ele dá altos cargos públicos quando pode.
Uma rápida pesquisa mostra que Igor Rousseff foi assessor do prefeito
petista Fernando Pimentel, de Belo Horizonte.
Depois disso, nunca ocupou cargo público nenhum. Disse o Globo, o
insuspeitíssimo Globo, num perfil de 2011: “Quem não conhece o Igor não fica
sabendo nunca que ele é irmão da presidente. Morre de medo de pensar que quer
tirar proveito disso.”
Pois Aécio quis tirar proveito disso.
Não há termo de comparação entre o caso da irmã de Aécio e o caso do
irmão da Dilma. Mas fingiu – nisto ele é mestre – que são coisas iguais.
Andrea Neves ocupou sob Aécio um cargo – ainda que formalmente não
remunerado – que dava a ela o comando das verbas publicitárias estaduais.
Sabe-se, porque a Folha enfim resolveu investigar um pouco o candidato
tucano, que o governo de Aécio colocou dinheiro público nas rádios da família.
É, em si, uma indecência. Isso piora quando, numa afronta brutal ao
conceito de transparência tão citado por Aécio, ninguém informa quanto foi o
dinheiro público investido nas rádios.
E não é apenas Andrea. É o cunhado, são primos, agregados – em funções
muitas vezes de mando.
Meritocracia?
Só se for pela ótica de quem, aos 25 anos, foi nomeado diretor da Caixa
Econômica Federal pelo mérito de ser neto de Tancredo Neves.
Aécio não surpreende. A cada debate, ele faz mais do mesmo.
Dilma, ao contrário, surpreendeu ao adotar o mesmo tom de Aécio. Ou
quase o mesmo: Aécio a chamou de mentirosa várias vezes e Dilma disse o mesmo
uma ou duas.
Onde ela avançou em relação ao primeiro debate: não deixou que certos
assuntos sumissem da discussão.
O aeroporto de Cláudio é o maior exemplo. Aécio fala, tergiversa, se
desvia – mas não consegue dar uma única explicação convincente para o aeroporto
de uso privado construído com dinheiro público.
Jornalistas de Minas disseram que essa história já era conhecida nas
redações. Mas ninguém publicava pela censura que, na prática, Andrea Neves
comandava para proteger o irmão de notícias desfavoráveis.
Eis o conceito de liberdade de expressão de Aécio.
Para quem lida com palavras como eu, irritou particularmente a
manipulação de Aécio ao usar uma frase de Dilma que, supostamente, seria um
incentivo à corrupção.
O significado da frase é o seguinte: todo mundo pode cometer corrupção.
É uma verdade verdadeiríssima. Ninguém está acima às tentações que o
poder e a sensação de impunidade trazem, como mostra o próprio episódio do
aeroporto de Cláudio.
A questão é fiscalizar e punir.
Neste sentido, o PSDB – dos votos comprados para a reeleição de FHC às
propinas do Metrô de SP – não tem muita coisa a dizer.
No debate, Aécio voltou a afirmar que não havia evidências de nada nos
casos de corrupção do PSDB.
Hoje mesmo, viralizou na internet o depoimento do jornalista Fernando
Rodrigues, da Folha, autor do furo em 1997 sobre a compra de votos.
“Não eram evidências”, disse ele. “Eram provas.” Ninguém investigou –
incluída, como lembra Rodrigues, a mídia. Como FHC era presidente, e amigo dos
donos da mídia, entendeu-se que não era assunto a compra de votos para que ele
pudesse se reeleger.
Como Lacerda, Aécio fala em “mar de lama” olhando para o outro. Ambos
deveriam, no entanto, olhar para o espelho.”
Números levantados pelo Blog Touros em Foco, trás uma realidade que poucos tourenses sabiam, trata-se da pactuação entres Touros e cidades vizinhas como Rio do Fogo e São Miguel do Gostoso para que a população desses municípios possa ser atendida no Hospital Municipal Paulo de Almeida Machado, o chamados Acordos Bipartite, onde o município de Touros recebe por atendimento de pacientes dessas cidades.
ResponderExcluirA exemplo do município de São Miguel do Gostoso, a cidade de Rio do Fogo, mensalmente repassa valores altos para a manutenção desses atendimentos. Valores como o demostrado na foto abaixo com a quantia de R$ 5.360,12, para atendimento de urgência com observação até 24hs em atenção especializada e consulta medica médica em atenção especializada e outros serviços ou seja oque a prefeitura de Touros faz, em atender os pacientes das cidades vizinhas não é um “favor ou filantropia”, o município é pago por cada atendimento, além de ser uma demonstração de humanismo e parceria entres os municípios, no uso do Sistema para atender os pacientes.
é obrigação dos dois municipio, enquanto smgostoso não tem um hospital de porte é fazer parcerias, parabens para os dois municipio.
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