sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

"Reveillon do Gostoso" trouxe renda e empregos. "Só não ganhou dinheiro quem não quis", disse morador



Por Emanuel Neri
“Nesta festa só não ganhou dinheiro quem não quis”.
Foi assim que “Preto” Travessa, conhecido morador de São Miguel do Gostoso, definiu as oportunidades de ganhar dinheiro durante as festas do “Reveillon do Gostoso”, realizadas neste final de ano na cidade.
O próprio “Preto” pôs seu carro, um Uno Mile, para funcionar como taxi. Ficou  satisfeitíssimo com o resultado da empreitada. Só na noite de 31 de dezembro ele fez cerca de dez viagens entre São Miguel do Gostoso e o Farol do Calcanhar, local onde foi realizada a festa do  réveillon. Cada viagem –ida ou volta - custava em torno de R$ 120,00.
Assim como “Preto”, muita gente ganhou dinheiro com as festas do “Reveillon do Gostoso”. Entre os dias 27 de dezembro e dois de janeiro, o evento reuniu milhares de jovens na cidade. E tudo funcionou bem, inclusive o esquema de segurança. Fora alguma demora e uma ou outra fila em restaurantes, não houve nem de longe o tal “colapso” que muita gente imaginava.
Foram cinco dias de festa. Além da arena principal, no final da rua do Maceió, já na estrada para o Reduto, houve também o “Pénareia”, bar de praia que funcionava, desde a manhã até 22h, na área urbana da cidade. O acordo entre Prefeitura e organizadores era para que o “Pénareia” terminasse sempre mais cedo, às 22h.
Terminar mais cedo o “Pénareia” tinha como objetivo não prejudicar moradores da cidade que moram na vizinhança do Spaço Mix, onde funcionou esta festa. Um único dia o “Pénareia” foi até de madrugada. Mas, no dia seguinte, a organização do evento, em nota, lamentou e pediu desculpas à população pela “quebra de acordo” com a comunidade.
Os milhares de jovens que vieram ao “Reveillon do Gostoso” eram exigentes, reclamavam da demora nos serviços, mas não eram baderneiros nem drogados, como suspeitava muita gente que era contra o evento. Nos meses que antecederam o “Reveillon do Gostoso”, houve uma corrente contrária à realização destas festas na cidade.
“Quando é que os ‘drogadinhos’ vão começar a chegar?”, indagou, com alto grau de preconceito, a proprietária de uma pousada da cidade. A pergunta foi feita a um dos integrantes da diretoria da AEGostoso – a associação de empreendedores de São Miguel do Gostoso. Houve, sim, muito preconceito contra o “Reveillon do Gostoso”.
Mas aos poucos todos os preconceitos foram caindo por terra. As próprias pessoas –  alguns moradores da cidade e outros, do setor hoteleiro, que também eram contra o evento – foram mudando de opinião e percebendo que o “Reveillon do Gostoso” não representava baderna e desordem. Muito menos houve  a esperada invasão de “drogados”
O “Reveillon do Gostoso” reuniu muita gente bonita e deu oportunidade para todos.
Pousadas, restaurantes, bares, supermercados, vendedores ambulantes, taxis, mototaxis – todos ganharam dinheiro com o “Reveillon do Gostoso. Ao todo - incluindo pacotes com passagens aéreas, festas, hospedagem e alimentação – foram gastos em torno de R$ 10 milhões. Ponto muito positivo para a economia local.
Foi extraordinária a injeção de renda e emprego com o “Reveillon do Gostoso”. Quem se organizou para o evento, ganhou dinheiro. Nas redes sociais de empreendedores locais, era comum ver pedidos de ultima hora para contratação de garçons e camareiras. Só um restaurante da cidade vendeu, em média, 240 refeições por dia.
Mas, o mais importante com o “Reveillon do Gostoso” foi a visibilidade nacional que o destino São Miguel do Gostoso ganhou. Durante todos os cinco dias de festa, as redes sociais “ferviam” com fotos de ge te bonita e de referências elogiosas às praias e ao turismo da cidade. Com certeza, este evento do final do ano vai multiplicar o nosso número de visitantes.
A hastag #Imaginequegostoso (foto acima), que marcava a festa nas redes sociais, estava por todos os cantos, inclusive desenhada na beira da praia.
Bom para São Miguel do Gostoso e para seu turismo. O “Reveillon do Gostoso” ainda vai funcionar por pelo menos três anos. Mas, daqui para a frente, o destino turístico local vai ganhar muito com esta enorme visibilidade que teve em todo o país, inclusive com reportagens de TVs e de revistas especializadas.
De um modo geral, estes jovens, de várias partes do país, amaram São Miguel do Gostoso. E prometem voltar à cidade, trazendo familiares e amigos.
Nos links abaixo, outros posts do noBalacobaco sobre o “Reveillon do Gostoso”, inclusive legados que este evento deixou para o município.
http://nobalacobaco.blogspot.com.br/2016/12/reveillon-do-gostoso-vai-incrementar.html
http://nobalacobaco.blogspot.com.br/2016/12/empresarios-deixam-reduto-colorido-e.html

5 comentários:

  1. Desejo sorte aos novos secretários da nova gestão e sugiro um processo seletivo nas areas mais solicitadas tais como saúde e educação porque vai ser dificil empregar todos que foi prometido emprego a prefeitura não tem vaga suficiente para os cargos oferecidos pelo candidato em campanha

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  2. No carnaval vamos botar pra descer, vamos farriar até o dia amanhecer. E tomara que os donos de Gostoso não fiquem com minha mi mi mi. Principalmente vc Emanuel Neri.

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  3. Comentário abaixo foi enviado por um leitor deste blog. Parte do comentário foi excluída por fazer referências não recomendáveis ao estabelecimento em questão: Veja a seguir o comentário: "Moradores da rua das Ostras estão enfrentando um grande problema com um bar existente no inicio da rua. Um tal de A DAMA E O VAGABUNDO. Este estabelecimento tem um som muito alto até as 3:30 da manha, impedindo os vizinhos de dormirem e sempre ao final da festa acontece muita confusão. Os moradores já estão se reunindo para irem a Promotoria e pedirem o fechamento daquele bar, que está tirando o sossego de quem mora próximo ao local".

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    1. O noBalacobaco concorda com o comentário acima. Sempre que alguém se sentir prejudicado com barulho de um bar, que funciona até a madrugada, sem respeito aos vizinhos, tem sim que reclamar ao Ministério Público. Esta é uma forma do cumprimento do direito ao sossego. Ninguém tem direito a fazer festas barulhentas até de madrugada sem ter o mínimo respeito pelas pessoas que moram na vizinhança e que não podem descansar devido ao barulho provocado por um bar. Isso não é justo. Os moradores do tal bar A Dama e o Vagabundo tem mesmo é que se organizar e fazer denúncia ao Ministério Público. Há leis no Brasil que protegem o cidadão deste tipo de abuso. Tem mais. As pessoas que se sentem prejudicadas por este tipo de abuso podem também acionar a polícia e pedir que os policiais tomem providências contra este tipo de prática (som abusivo) que tira o sossego dos moradores.

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  4. Concordo plenamente com a proibição de som muito alto principalmente no período da noite em nossa cidade, se tem som alto pertubado o sono dos nossos moradores é preciso o ministério público tomar as providências, agora para isso é preciso a denúncia ser feita.

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